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AT&T conclui o processo de compra da DirecTV

at&t_directv_skyA Comissão Federal de Comunicações (FCC) americana anunciou nesta sexta-feira, 24 de Julho, a aprovação da compra da operadora de TV por satélite DirecTV pela gigante das comunicações AT&T, no valor de 48,5 bilhões de dólares.

A AT&T é uma das maiores empresas do mundo, provendo serviços de comunicação de voz, internet, dados e vídeo para mais de 120 milhões de assinantes. A DirecTV é o maior provedor de TV por assinatura via satélite das Américas, controladora da SKY no Brasil, e também opera serviços de TV por assinatura em vários países da América do Sul e América Central.

Em comunicado, a FCC, agência reguladora do setor de comunicações do governo dos Estados Unidos, anunciou a autorização da transferência de licenças e autorizações da DirecTV para a AT&T, permitindo a aquisição e fusão das duas empresas.

Em seu anúncio a FCC, no entanto, coloca várias condições para o acordo entre as duas empresas. Como parte da fusão, a AT&T/DirecTV terá que aumentar sua oferta de Internet de alta velocidade, fibra óptica e banda larga para 12,5 milhões de localidades e terá que oferecer planos mais acessíveis à usuários de baixa renda, escolas e bibliotecas.

Além disso, a FCC proibiu ao novo gigante das comunicações utilizar-se de práticas discriminatórias para favorecer a provedores de serviços de vídeo on-line. Ela terá ainda que apresentar os acordos de interconexão de Internet para análise pelo órgão regulador.

A FCC disse que após uma revisão “completa e cuidadosa” do acordo entre as duas empresas, incluindo a análise econômica dos dados apresentados, determinou que a fusão é do “interesse público”.

No Brasil, especialistas divergem nas especulações sobre a possível entrada da AT&T nos mercados de telefonia, internet e dados. Especula-se na possibilidade de compra de alguma operadora do setor, já que rumores dão conta de que a empresa não pretende iniciar suas operações nesses setores no Brasil a partir do zero.

O acordo entre a AT&T e DirecTV vinha sendo criticado por organizações de defesa do consumidor nos Estados Unidos, que temiam um impacto sobre a livre concorrência nos setores de telecomunicações.